Sim, somos grandes entusiastas do Linux, e se você está pensando que isso pode nos tornar um pouco parciais, pode ser verdade 😉 (brincadeira!).
Brincadeiras à parte, cada sistema operacional tem seus pontos fortes, e o Linux não é diferente. Na verdade, a lista de vantagens do Linux é, em muitos casos, mais extensa do que a de seus concorrentes. Aqui, vamos compará-lo principalmente com o Windows, que é o sistema operacional mais amplamente utilizado no mundo.
O Linux se destaca por oferecer uma flexibilidade e um nível de controle que o Windows simplesmente não consegue igualar. Ele proporciona aos usuários ferramentas poderosas para personalizar o sistema, melhorar sua segurança, e ter um desempenho superior em diversas tarefas. Enquanto o Windows pode ser mais amigável para iniciantes em algumas áreas, o Linux vai muito além, oferecendo uma experiência única para aqueles que desejam explorar as profundezas de um sistema operacional verdadeiramente versátil.
Neste artigo, destacarei as principais coisas que você pode fazer no Linux, mas que o Windows não permite. Prepare-se para descobrir como o Linux pode transformar a forma como você interage com o seu computador e aproveitar todo o potencial que ele tem a oferecer.
Seja você um usuário de Windows ou macOS, observar como um usuário de Linux gerencia suas janelas na tela é uma verdadeira maravilha.
Embora o Windows 11 tenha dado um pequeno passo à frente, oferecendo alguns layouts para organizar suas janelas, ele ainda está longe de alcançar o que o Linux faz de forma nativa e com muito mais versatilidade.
No Linux, você pode utilizar a extensão de tiling (termo em inglês que se refere a uma forma de gerenciar janelas na tela) do GNOME ou optar pelo Pop!_OS para uma experiência inicial. Em alguns casos, as janelas são automaticamente organizadas em formato de grade, com bordas coloridas para destacar qual janela está ativa ou inativa. Isso melhora significativamente a produtividade e facilita o gerenciamento de várias janelas ao mesmo tempo.
Se preferir, pode escolher distribuições Linux que já vêm com gerenciadores de janelas baseados em tiling integrados. Essa é uma flexibilidade que simplesmente não existe no Windows.
Imagem que ilustra um ambiente de desktop Linux utilizando um gerenciador de janelas
Embora existam alguns gerenciadores de tiling de terceiros para o Windows, eles não se comparam às capacidades avançadas dos gerenciadores de janelas disponíveis no Linux.
No Linux, você pode navegar por toda a sua tela (e até por vários espaços de trabalho) apenas usando atalhos de teclado. E, uma vez que você se acostuma com esses atalhos, é difícil voltar atrás. O nível de controle que você ganha na organização do ambiente de trabalho é algo que o Windows simplesmente não consegue proporcionar de forma tão prática e eficaz.
Ubuntu 22.04 LTS com a Extensão de Tiling do GNOME
Ambiente de desktop GNOME no Vanilla OS 2
No Windows, você não tem muita escolha. Você é obrigado a utilizar o que a Microsoft decide ser o melhor layout e design para o seu desktop. Por exemplo, algumas pessoas preferem o visual do Windows 10, mas quando migraram para o Windows 11, encontraram uma interface que tenta ser mais moderna, mas que não agrada a todos. E infelizmente, não há opção de manter o layout anterior ao fazer a atualização para a versão mais recente.
Já no Linux, essa limitação não existe. Uma das maiores vantagens é a liberdade de escolher entre diversos ambientes de desktop, permitindo uma experiência de usuário personalizada e adaptada ao seu gosto. Em outras palavras, você pode selecionar o estilo de interface gráfica que mais lhe agrada ao instalar uma distribuição Linux.
Se você gosta de um visual mais familiar, semelhante ao Windows, pode optar por ambientes como o Cinnamon ou o KDE Plasma. Se preferir algo mais único e inovador, ambientes como o GNOME ou o promissor COSMIC podem ser a sua escolha. Além disso, existem opções voltadas para o desempenho, como o LXQt ou XFCE, que são ambientes leves e otimizados, sem perder funcionalidades importantes.
Área de trabalho gráfica KDE Plasma
No Linux, você tem o poder de controlar o visual e a experiência do seu sistema, algo que o Windows simplesmente não oferece.
Personalize o Visual e a Experiência do Seu Jeito
Embora o Linux já ofereça uma ampla liberdade para escolher a aparência do seu desktop, as possibilidades de personalização não param por aí.
Se você quiser, pode personalizar a experiência ao máximo, configurando os elementos visuais diretamente. Não é só sobre usar as opções disponíveis na interface gráfica, mas mergulhar nas configurações do sistema para ajustar cada detalhe de acordo com seu gosto.
No Windows, se uma opção de personalização não estiver disponível, você não tem muitas alternativas para alterar algo sem correr o risco de quebrar o sistema. O Windows não foi projetado com a ideia de customização total em mente, o que gera várias limitações quando se trata de ajustes visuais.
Talvez nas versões antigas, como o Windows XP, fosse possível mudar o tema e até a aparência da barra de tarefas. No entanto, o Windows nunca ofereceu aos usuários controle total para modificar a interface do sistema.
No Linux, mesmo que algumas customizações exijam um certo nível de conhecimento técnico, a liberdade que você tem para adaptar o sistema às suas preferências faz uma grande diferença e é um dos fatores que atraem muitos usuários.
Quer adicionar widgets na sua área de trabalho, como nos sistemas Android ou iOS? O Linux é a escolha ideal para isso.
Se você deseja personalizar e melhorar a funcionalidade e o visual da sua área de trabalho com widgets, o ambiente de desktop KDE Plasma é uma excelente opção. Ele oferece diversos widgets pré-instalados e ainda permite que você baixe muitos outros diretamente da loja KDE.
Widget de Notas Adesivas no ambiente de trabalho KDE Plasma
Se o KDE Plasma não for o seu estilo, não se preocupe! Você também pode optar por outras soluções como o
eww. Embora exija um pouco mais de esforço para integrá-lo ao seu gerenciador de janelas preferido, ele é uma ferramenta poderosa para adicionar widgets ao seu sistema Linux.
No Windows, para começar a programar em uma das linguagens mais populares, como Python, é necessário realizar algumas configurações antes de tudo estar pronto. Embora seja mais fácil do que na década de 2000, ainda há etapas a seguir para preparar o ambiente.
No entanto, no Linux, a maioria das distribuições já vem com a versão mais recente do Python pré-instalada (as versões podem variar, mas sempre há uma versão disponível). Isso significa que você pode rodar programas em Python com apenas um comando simples no terminal, sem qualquer configuração adicional:
Mesmo que você não tenha um editor de código gráfico instalado, pode começar imediatamente utilizando o terminal embutido e editores baseados em terminal, como o nano ou vim. Essa simplicidade e eficiência fazem com que o Linux seja um ambiente naturalmente voltado para a programação.
Além disso, o Linux proporciona uma experiência mais focada para programadores, oferecendo suporte robusto e ferramentas práticas para diversas linguagens e tecnologias.
E se você está buscando aprimorar suas habilidades em Python, considere se inscrever no nosso curso Programando com Python3: do Básico ao Intermediário. Este curso foi projetado para guiá-lo desde os fundamentos até conceitos intermediários, capacitando-o a aproveitar ao máximo as capacidades da linguagem em um ambiente Linux.
No Linux, o shell scripting oferece uma ampla gama de possibilidades, acessível diretamente através do bash, presente na maioria das distribuições. Além do bash, é possível instalar outros shells como o ZSH, expandindo as funcionalidades e personalizando seu ambiente de trabalho. A automação de tarefas e scripts é algo natural no Linux, proporcionando flexibilidade e controle.
Enquanto no Windows há o WSL (Windows Subsystem for Linux) para ter acesso ao bash, ele opera em um ambiente isolado, limitando as opções que o Linux oferece nativamente. Para quem quer explorar ao máximo o poder do shell e automatizar processos, aprender shell scripting é essencial.
Se você quer dominar essa habilidade, nosso curso Introdução ao Shell Script no Linux é um excelente ponto de partida. Ele oferece uma base sólida em scripts automatizados, tornando mais fácil explorar todas as possibilidades que o Linux oferece nesse quesito.
No Linux, você tem a liberdade de escolher o sistema de arquivos que melhor se adapta às suas necessidades. Diferente do Windows, que te prende ao sistema de arquivos NTFS, no Linux, existem opções como o BTRFS e o ZFS, que oferecem recursos avançados para gerenciamento de arquivos, backups mais confiáveis e criptografia eficiente.
Embora o NTFS seja confiável e utilizado há muito tempo no Windows, usuários que buscam mais flexibilidade e funcionalidades no gerenciamento de seus dados podem se beneficiar enormemente dessas alternativas no Linux. No entanto, essas opções são recomendadas para usuários mais experientes, que entendem as diferenças e vantagens de cada sistema de arquivos.
A liberdade de escolha é uma das grandes vantagens do Linux, permitindo que você personalize ainda mais o seu sistema de acordo com suas necessidades específicas.
Logo do Docker: uma baleia carregando containers, representando a plataforma de containers.
No Linux, a utilização do Docker e a conteinerização se destacam de forma impressionante. Diferente do Windows, onde o Docker depende de virtualização, no Linux ele roda diretamente no kernel, o que garante uma performance muito mais eficiente e focada em resultados. Além disso, as imagens Docker no Linux são geralmente menores, economizando espaço de armazenamento, enquanto no Windows, costumam ser mais pesadas e ocupam mais recursos.
Essa eficiência do Docker no Linux se traduz em um ambiente ideal para desenvolvedores e administradores de sistemas que buscam rapidez e otimização em seus projetos. E para entender a fundo o impacto da conteinerização no TI moderno, você pode conferir nosso artigo detalhado sobre o tema aqui.
Se você quer aprofundar ainda mais seus conhecimentos, recomendamos nosso curso completo de Docker, onde você aprenderá a desenvolver e gerenciar containers e multi-containers no Linux de maneira prática e direta. Confira o curso Desenvolvendo Containers e Multi-Containers com Docker na Escola Linux para se tornar um especialista na área.
Uma das funcionalidades mais discutidas e amadas no Linux é a possibilidade de usar o sistema enquanto ele está sendo atualizado, sem precisar reiniciar. Enquanto você realiza outras tarefas no seu PC, como escrever um artigo, o sistema pode ser atualizado sem qualquer interrupção significativa. No Windows, a história é bem diferente; qualquer pequena atualização pode resultar em uma tela de atualização e exigir que você espere até que o processo seja concluído.
No Linux, em casos específicos, pode ser necessário reiniciar o sistema para que os novos pacotes assumam controle, mas na maioria das vezes, a experiência de atualização é muito mais tranquila. Além disso, mesmo quando é preciso reiniciar, o processo é rápido e eficiente. Já no Windows, mesmo as menores atualizações podem exigir tempo extra para serem aplicadas, interrompendo o fluxo de trabalho do usuário.
Essa capacidade de realizar atualizações sem interromper o que você está fazendo é uma grande vantagem do Linux sobre o Windows, tornando o sistema mais ágil e menos intrusivo no seu dia a dia.
Para concluir, essas foram apenas algumas coisas que o Linux permite fazer, e o Windows não. Claro, cada sistema operacional tem suas qualidades, mas, convenhamos, o Linux dá superpoderes que muita gente nem imagina! 😎
Se você chegou até aqui e está considerando explorar esse mundo livre e cheio de possibilidades, saiba que essas vantagens são só o começo. Há muito mais que o Linux oferece em termos de flexibilidade, personalização e performance.
Agora, se você ficou curioso para saber mais sobre essas comparações, recomendo que confira o artigo original que inspirou esse conteúdo, publicado no It's FOSS. Lá você poderá ver uma abordagem diferente e mais algumas dicas que podem ser interessantes para quem está migrando ou comparando os sistemas. O link é este:10 Things You Can Do on Linux But Not on Windows.
E quem sabe, depois de tudo isso, você decida se juntar à comunidade Linux para aproveitar esses "superpoderes"! 😄
Ah, e se você quiser acelerar essa jornada e aprender ainda mais sobre o sistema do pinguim, não deixe de conferir nossos cursos na Escola Linux. Temos uma gama de opções desde o básico ao avançado para transformar sua experiência com Linux. Dá uma olhada no nosso catálogo de cursos aqui e comece a dominar essa ferramenta incrível!
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